Manifesto
Cosmo-ética é a vontade de fazer parte da beleza do planeta.
E entender que só existe um cuidado e que ele envolve todas as escalas.
Como disse o artista, somos formados por muitas peles: a epiderme que cobre o corpo; as roupas, nossa voz, nossa expressão; a casa, nosso quintal, a família e nossos pares, nossa comunidade, o bairro onde vivemos, a cidade; a cultura que nos envolve, nossos hábitos, nossa língua, nossos ancestrais e o planeta.
Tudo é pele. Tudo envolve e protege. Tudo expressa o que somos.
Tudo isso é a pele da gente e a gente é uma célula da pele do todo.
Somos o todo e uma parte dele.
Todas elas sentem o toque, o amor, o carinho e o cuidado.
Todas elas dão prazer.... e dor.
E é preciso evitar a dor desnecessária, os cortes profundos e queimaduras severas.
É importante cuidar de todas as peles ao mesmo tempo e sempre, pra que essa dor não chegue forte e cortante. Porque ela pode vir de qualquer pele, que dói igual.
A única beleza possível é a se conecta com o resto todo.
É aquela que cuida, aceita e aproveita o melhor do que se tem.
Que sente, que tem e dá prazer, amor, cuidado, frutos. É a da pele que cicatriza e estanca as dores. Próprias e alheias. A que se regenera. Que esquenta, que sua, que nos equilibra. Que se perfuma com a vida e tem seus cheiros naturais. Que inclui e admira outras belezas. Porque a beleza na verdade é uma singularidade que tudo tem em si, naturalmente.
Só o conjunto de todas as peles cuidadas pode fazer uma pessoa completa.... e bonita.
É preciso cuidar da pele da gente!
De todas as peles da gente.
Essa é a cosmœtica que eu pratico, acredito e convido todo mundo a praticar!